ADAM
Nevava.
O branco dançava em meio ao ambiente. Carros passavam em suas idas e vindas.
Que horas será? – eu me perguntava.
Eu havia andado por algum tempo, não reconhecia aquele lugar, meu corpo estava gélido e os ferimentos estavam fechados. Havia roxo em quase todo o meu corpo.
Não havia uma memória clara da ultima vez que me vi em algum lugar conhecido. Duas coisas eram claras: o branco e o vermelho.
Eu havia corrido por horas talvez ou minutos eu francamente não sabia. Cansado parei e me encostei-me em uma arvore, seu tronco estava coberto de neve assim como a copa, ao tocá-la houve uma ardência me afastei da arvore e puder o branco manchado pelo vermelho de minhas costas, mas eu já estava cansado então decidi fechar os meus olhos.
Quando acordei meu corpo estava coberto por uma camada fina de neve. Levantei-me e segui para qualquer lugar.
Fazia frio naquela noite como todas as outras que havia passado nas ruas dessa cidade, meu corpo tremia mais do que o comum e minha barriga doía, minha garganta estava seca e quase não havia mais forças para me manter em pé.
Não sei quantos dias ou horas fique a perambular por essas ruas irreconhecíveis, então vi um enorme letreiro com um X vermelho e a palavra Mart em azul e segui para lá.
Quando finalmente cheguei ao local eu já havia desistido de continuar de caminhar, eu queria deitar e dormi. Aproximei-me do estacionamento a procura de um lugar para me deitar quando um garoto que era muito familiar desceu do carro e me olhou com duvida, o olhei, mas por mai que eu tenta-se me lembrar não saia nada da minha mente.
– Adam? Você esta bem? – ele perguntou.
– Quem é Adam? – me perguntei – Ele pensa que sou eu? Meu nome é Adam?
Eu queria responder e perguntá-lo, mas não havia força pra isso então ele me segurou pelos ombros para que eu o olha-se, mas eu estava cansado de mais para tentar me manter são.
Eu estava com sono e iria dormir porque naquele momento era tudo o que eu queria...
Apenas dormir.
E tudo ficou negro.
Eu não conseguiria mais abrir meus olhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário